Excelente texto de Nei Lopes.
Vale a pena viajar nessa leitura!
O juiz Eugenio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio de Janeiro, rejeitou a retirada da internet de 15 vídeos contra o candomblé e a umbanda, alegando que os cultos afro-brasileiros “não constituem religião”, pois não se baseiam em apenas um livro nem têm apenas um deus. Os vídeos foram postados por representantes de igrejas evangélicas. No artigo abaixo, o escritor Nei Lopes explica os fundamentos dos cultos de origem africana e seu caráter religioso.
Em junho de 1993, a Suprema Corte dos Estados Unidos garantiu aos praticantes de cultos de origem africana o direito de sacrificar animais em suas cerimônias religiosas. Esse relevante fato histórico deveu-se, certamente, à articulação das casas de culto de origem cubana estabelecidas no país a partir da década de 1950, as quais na década de 1970 já tinham, entre si, a Church of The Lukumi Babalu Ayé, a qual se propunha, quando de sua fundação, a ter sede, escola, centro cultural e museu, para sua comunidade e público em geral. Na contramão de conquistas como essa, no Brasil atual chega-se a negar aos cultos afro-originados até mesmo a condição de religiões.
Filosofia. Em 1949 era publicado em Paris o livro La philosophie bantoue, obra em que o padre Placide Tempels dava a conhecer o resultado de suas pesquisas de campo realizadas no então Congo Belga. Contrariando toda uma concepção preconceituosamente negativa a respeito do pensamento dos povos africanos, o livro revelava a existência, entre os pesquisados, de uma filosofia baseada na hierarquia das forças vitais do Universo, a partir de uma Força Superior. Assim, quanto aos seres humanos, aprendia o missionário, entre outros postulados, que todo ser humano constitui um elo vivo na cadeia das forças vitais: um elo ativo e passivo, ligado em cima aos elos de sua linhagem ascendente e sustentando, abaixo de si, a linhagem de sua descendência. Consoante esses princípios, todos os seres, vivos ou mortos, se inter-relacionam e influenciam. E a influência da ação de forças tendentes a diminuir a energia vital se neutraliza através de práticas que façam interagir harmonicamente todas as forças criadas e postas à disposição do homem pela Força Suprema.
Meio século depois, outro missionário, o padre espanhol Raúl Ruiz Altuna, pesquisando a partir de Angola, conseguia estabelecer outra hierarquia, traduzida nos seguintes ensinamentos:
A Força Suprema reconhecida pelo pensamento africano corresponde ao Ser Supremo das religiões monoteístas. Criador do universo e fonte da vida, esse Ser infunde respeito e temor. Mas é tão infinitamente superior e distante que não é cultuado, ou seja: não pode nem precisa ser agradado com preces nem oferendas. Abaixo desse Ser situam-se, no sistema, seres imateriais livres e dotados de inteligência, os quais podem ser gênios ou espíritos.
Os gênios são seres sem forma humana, protetores e guardiões de indivíduos, comunidades e lugares, podendo temporariamente habitar nos lugares e comunidades que guardam, e também no corpo das pessoas que protegem. Já os espíritos são almas de pessoas que tiveram vida terrena e, por isso, são imaginados com forma humana.
Podem ser almas de antigos chefes e heróis, ancestrais ilustres e remotos da comunidade, ou antepassados próximos de uma família.
Ao contrário do Ser supremo, gênios e espíritos precisam ser cultuados, para que, felizes e satisfeitos, garantam aos vivos saúde, paz, estabilidade e desenvolvimento. Pois é deles, também, a incumbência de levar até o Deus supremo as grandes questões dos seres humanos.
Assim, já que contribuem também para a ordem do Universo, eles devem sempre ser lembrados, acarinhados e satisfeitos, através de práticas especiais. Essas práticas, que representam um culto em si, podem, quando simples, ser realizadas pelo próprio interessado. Mas, quando complexas, devem ser orientadas e dirigidas por um chefe de culto, um sacerdote.
Dentro dessas linhas gerais, segundo entendemos, foi que se desenvolveu a religiosidade africana no Brasil e nas Américas.
Relevância. Os estudos dos padres Tempels e Altura desenvolveram-se entre povos do grupo Banto, do centro-sudoeste africano. Mas outros estudos, inclusive de sábios e cientistas nativos, nos deram conta de que, embora as religiões negro-africanas tenham suas peculiaridades, todas elas comungam de uma ideia central, a da inter-relação entre as forças vitais, sendo vivenciadas segundo princípios comuns.
Por conta dessas formulações, em 1950, no texto Philosophie et religion des noirs (revista Présence Africaine, nº especial 8-9), o antropólogo francês Marcel Griaule primeiro indagava se seria possível aplicar as denominações “filosofia” e “religião” à vida interior, ao sistema de mundo, às relações com o invisível e ao comportamento dos negros. Perguntava-se, ainda, sobre a existência de uma filosofia negra distinta da religião e de uma religião independente, de uma metafísica, enfim.
Ao final de sua indagação, o cientista afirmava a existência de uma verdadeira ontologia (parte da filosofia que estuda a existência) negro-africana, concluindo pela antiguidade do pensamento nativo, nivelando algumas de suas vertentes a concepções filosóficas asiáticas e da Antiguidade greco-romana; e ressaltando a necessidade e a importância do estudo desse pensamento. Quatro décadas depois, o já citado Altuna, fazendo eco a Griaule, afirmava: “Basta debruçarmo-nos sobre esse conjunto de crenças e cultos para encontrar uma estrutura religiosa firme e digna”.
Definição. O termo “religião”, segundo N. Birbaum, referido no Dicionário de Ciências Sociais publicado pela Fundação Getúlio Vargas, em 1986, define um conjunto de crença, prática e organização sistematizadas, compreendendo uma ideia que se manifesta no comportamento dos seguidores. Daí aferimos que toda religião se define, em princípio, por um culto prestado a uma ou mais divindades; pela crença no poder desses seres ou forças cultuados; e em uma liturgia, expressa no comportamento ritual; e finalmente pela existência de uma hierarquia sacerdotal.
Pelo menos desde meados do século XIX, as religiões chegadas da África ao Brasil, apesar de todas as condições adversas, conseguiram recriar, no novo ambiente, as crenças e as práticas rituais de sua tradição ancestral, dentro dos princípios científicos que definem o que seja religião.
Na própria África já se distinguia, por exemplo, o feiticeiro (ndoki, entre os bantos), agente de malefícios, do ritualista (mbanda ou nganga), manipulador das forças vitais em benefício da saúde, do bem-estar e do equilíbrio social de sua comunidade. E no Brasil, como em outros países das Américas, as diversas vertentes de culto chegaram a tal nível de organização que constituíram, de modo geral, categorias sacerdotais altamente especializadas. Por exemplo, no candomblé: um babalorixá (“pai daquele que tem orixá”, e não “pai de santo”, como se traduziu derrogatoriamente) não tem a mesma função de um “babalaô” (“pai do segredo”), responsável por interpretar as determinações do oráculo Ifá. Uma equede (sacerdotisa que atende os orixás quando incorporados) não tem as mesmas funções de uma iá-tebexê (a responsável pelos cânticos rituais). Da mesma forma que um axogum (sacrificador ritual) não tem as mesmas funções de um alabê (músico litúrgico), por exemplo.
As religiões de matriz africana no Brasil, em suas várias vertentes, praticam uma liturgia complexa, que compreendem rituais privados e públicos. Nas práticas privadas, todo ritual se inicia pela invocação nominal dos ancestrais, remotos e próximos, dos fundadores do templo, em listas tão mais longas quanto mais antigo for o “fundamento” da casa. Nas festas públicas, notadamente no chamado candomblé jeje-nagô, oriundo da região africana do Golfo do Benin, as divindades (orixás ou voduns) se manifestam numa ordem rigorosamente obedecida, da primeira à última a entrar na roda das danças. E por aí vamos.
Constitucionalidade. Não é o monoteísmo que caracteriza uma religião.
Se assim fosse, as religiões orientais como o hinduismo, o taoísmo etc. não seriam como tal consideradas. Muito menos o é a circunstância de as práticas religiosas serem ou não baseadas em textos escritos. A propósito, o historiador nigeriano I.A. Akinjogbin, em artigo na coletânea Le concept de pouvoir em Afrique (Paris, Unesco, 1981), assim se manifestou: “O conhecimento livresco tem um valor formal e importado, enquanto o saber informal é adquirido pela experiência direta ou indireta.
conhecimentos livrescos não conferem sabedoria (…) O ensinamento tradicional deve estar unido à experiência e integrado à vida, até porque há coisas que não podem ser explicadas, apenas experimentadas e vividas”.
Vejamos, em conclusão, que toda a tradição africana de culto aos orixás, da qual no Brasil se originaram principalmente o candomblé da Bahia (nagô e jeje), o xangô pernambucano, o batuque gaúcho e a umbanda fluminense, tem uma base filosófica. Esse fundamento é, em essência, o vasto conhecimento que emana da tradição iorubana de Ifá, o oráculo que tudo determina, em todos os momentos da vida de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação etc. Da tradição de Ifá é que vêm, por exemplo, a origem dos orixás, sua mitologia, suas predileções, suas cores etc. O popular jogo de búzios é uma forma simplificada de consulta ao oráculo.
Esse corpo de doutrina, compreendendo muitos milhares de parábolas, foi transmitido de geração a geração entre os antigos babalaôs, na África e nas Américas. E nos tempos atuais, embora não unificado, já começa a ter circulação inclusive na internet.
Pois essa tradição remonta a muitos séculos; e sua história se conta a partir do momento em que Oduduá, o grande ancestral dos iorubás, cuja presença histórica, no século XII d.C., é atestada cientificamente (cf. A. F. Ryder, História Geral da África, Unesco/MEC/UFScar, vol. IV, 2010, p. 389), após fundar a antiga cidade de Ifé, enviou seus diversos filhos em várias direções, para fundar cada um o seu reino.
Mas esta é apenas uma parte da alentada e sábia tradição religiosa que os antigos africanos legaram ao Brasil. A qual, como um todo, goza da proteção constitucional do artigo 5º da Constituição Federal, bem como daquela assim enunciada: “O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional” (art. 215, parágrafo 1º).
Nei Lopes é autor de, entre outros livros, Kitábu, o livro do saber e do espírito negro-africanos (Ed. Senac-Rio, 2005).
África, Candomble Mundo Dos Orixas
, cerimônias religiosas, cultos afro-brasileiros, José Medeiros, monoteísmo, Placide Tempels, Raúl Ruiz Altuna, religião, religiões, umbanda.
Ritual de iniciação das filhas-de-santo. Bahia, Brasil, 1951. Fotografia de José Medeiros/Acervo IMS.00
5/21/2014
5/19/2014
Oração aos Orixás
Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!
Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!
Deus salve a Flecha de Oxossi, que mata o pássaro da maldade e da traição!
Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!
Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade!
Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a destruição criação!
Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam meu caminho e seu escudo me defenda. Ogun Yê meu Pai!
Que o labor de Oxossi me estimule a conquistar sucesso e fartura à custa de meu próprio esforço. Suas flechas caiam à minha frente, às minhas costas, à minha direita e à minha esquerda, cercando-me para que nenhum mal me atinja. Okê Aro Ode!!!!
Que as folhas de Ossain forneçam o bálsamo revitalizante que restaure minhas energias, mantendo minha mente e meu corpo são. Ewe Ossain!!!!
Que Oxum me dê serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos. Ora Ye Yêo Oxum!!!!
Que os raios de Iansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus ventos levem para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito de se aproveitarem de minhas fraquezas. Êpa Hey Oyá!!!!
Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu coração. Seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência e sua balança me incuta o bom senso. Caô Caô Cabecilê!!!!
Que as ondas de Iemanjá me descarreguem levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia dando-me a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que me causa dor e que seu seio materno me acolha e me console. Odoyá Iemanjá!!!!
Que as cabaças de Obaluayê tragam não só a cura de minhas mazelas corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das vicissitudes. Atotô Obaluayê!!!!
Que a vitalidade dos Ibejis me estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado; que eu não perca a pureza mesmo que, ao meu redor, a tentação me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim refinamento moral. Onibeijada!!
Que o arco-íris de Oxumarê transporte para o infinito minhas orações, sonhos e anseios e que me traga as respostas divinas, de acordo com o meu merecimento. Arrobobo Oxumarê!!!!
Que a paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegarei ao meu objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior! Êpa Babá Oxalá!!!!
Assim seja!
5/13/2014
Pontos Riscados
O que são pontos riscados?
É um agrupamento de símbolos sagrados que representa uma evocação ou representa a identidade de uma entidade. É um elemento de grande importância dentro de várias culturas místicas e religiosas. Há várias linhas de pensamentos que defendem que os símbolos mágicos já existiam antes da sua propagação, vinda de uma existência anterior a nossa vida na terra e que a sabedoria divina de consciências anteriores a formação de nosso planeta, trouxeram para nós. Inclusive vale também para nos nossos números e letras, que seriam parte de composições de inteligências anteriores a nós, humanos.
Em tempos primitivos, símbolos eram riscados como formas evocativas de suas crenças já pelos povos de várias origens; africanas, ameríndias, europeias, asiáticas, em toda a parte do mundo. Um símbolo sozinho tem por si só, um poder evocativo distinto, que pode mudar até certo ponto sua conceituação dentro de uma cultura ou dentro de um agrupamento de outros símbolos e dentro de uma leitura geral, teria um significado único.
Dentro da nossa religião; a Umbanda e de religiões co-irmãs como a jurema, quimbanda, omoloko, os símbolos são ferramentas de grande poder das entidades e dos trabalhos como um todo pois evoca determinadas energias para atuarem em conjunto com a ação das ou da entidade que o risca. Os símbolos riscados tanto podem ser usados para evocar, movimentar, dissolver ou formar determinada energia que é variante conforme o trabalho e intento que se queira dar. Por exemplo: num trabalho de cura, os símbolos riscados precisam obedecer uma coerência pertinente ao que se destina a intenção das energias necessárias para movimentar as energias para tal fim. Da mesma forma é um trabalho de desmanche de miasma, forma-pensamento, energia negativa e pesada. Um trabalho que vá atuar dentro da linha das almas por exemplo, seus símbolos são diferentes dos trabalhos que envolvem energias de rua e encruzilhadas. Um ponto de demanda, terá símbolos diferentes de um ponto para trazer harmonia e tranquilidade energética.
Toda essa simbologia é de ciência das entidades, pois são exímios manipuladores dos elementos mágicos de poder. E seu significado não varia muito dentro de mesma egregora, mas podem ter múltiplos significados e ser usados em algumas situações, e de formas diferentes o mesmo símbolo. A estrela de 5 pontas por exemplo; pode significar os 5 elementos, o corpo humano, um ser, entre outras conotações caso venha acompanhado com outros símbolos próximos ou conforme o número de estrelas.
Dentro de uma gira uma entidade pode puxar energias aliadas ao trabalho que ela irá desenvolver naquele dia, seja para cura, para demanda, para trazer harmonia, para evocar poder, para dissolver energias contrárias, para encaminhar uma alma/espírito, etc. Ela tanto pode riscar um símbolo apenas, como um conjunto de símbolos, formando um ponto riscado. Esses são pontos de trabalho que envolve geralmente elementos que representem sua própria linha de trabalho e as forças aliadas que precisam ser evocadas para aquele trabalho.
Os símbolos riscados são de grande responsabilidade e seriedade, pois se está atuando na evocação e movimento de energias. Logo podemos estar mexendo com algo além de nossa capacidade de manipulação e sabedoria. Tanto energias positivas como ativar uma egregora de magias densas que não saberemos o que fazer com ela. As energias evocadas com a simbologia magística ficam circulando no ambiente e é preciso saber o que fazer e direcionar muito bem tal energia, ou podemos correr o risco de contrair pra nós mesmos a energia dos símbolos e provocar sérios danos. Isso vale para pessoas que brincam de riscar símbolos a revelia sem o menor respeito ou responsabilidade, muitos treinando pontos riscados para supostas apresentações de suas entidades. Cuidado! Quem brinca com o que desconhece, pode acabar se queimando.
Os símbolos riscados são de grande responsabilidade e seriedade, pois se está atuando na evocação e movimento de energias. Logo podemos estar mexendo com algo além de nossa capacidade de manipulação e sabedoria. Tanto energias positivas como ativar uma egregora de magias densas que não saberemos o que fazer com ela. As energias evocadas com a simbologia magística ficam circulando no ambiente e é preciso saber o que fazer e direcionar muito bem tal energia, ou podemos correr o risco de contrair pra nós mesmos a energia dos símbolos e provocar sérios danos. Isso vale para pessoas que brincam de riscar símbolos a revelia sem o menor respeito ou responsabilidade, muitos treinando pontos riscados para supostas apresentações de suas entidades. Cuidado! Quem brinca com o que desconhece, pode acabar se queimando.
Os pontos riscados de uma entidade
É o seu elemento mais sagrado dentro da egregora que ela optou estar vinculada. O ponto riscado é a sua identidade dentro da sua vida espiritual como integrante de um determinado grupo de trabalho. Toda e qualquer entidade tem o seu, pois o seu ponto revela quem é, trazendo sua origem e ciência. Qual seu campo sagrado de atuação, suas energias aliadas, quais elementos que manipula e sua essência como entidade/guia de trabalho. É através do ponto riscado que a entidade revela e confirma ao dirigente espiritual quem é e qual a sua linha de trabalho, qual tipo atuação está envolvida.
Este é um ponto completamente diferente dos pontos de trabalho. A entidade apenas tem 1 ponto que é o seu e esse ponto não é variável, afinal não mudando o número de nossa identidade no decorrer de nossa vida, e elas, também não mudam o seu ponto de identificação espiritual. Quando uma entidade risca o seu ponto ao dirigente espiritual , ela está se confirmando na coroa do seu médium, e denota que sua incorporação está firme e seu médium está em sintonia com a entidade, e pode ocupar funções de maior responsabilidade dentro do terreiro.
Este é um ponto completamente diferente dos pontos de trabalho. A entidade apenas tem 1 ponto que é o seu e esse ponto não é variável, afinal não mudando o número de nossa identidade no decorrer de nossa vida, e elas, também não mudam o seu ponto de identificação espiritual. Quando uma entidade risca o seu ponto ao dirigente espiritual , ela está se confirmando na coroa do seu médium, e denota que sua incorporação está firme e seu médium está em sintonia com a entidade, e pode ocupar funções de maior responsabilidade dentro do terreiro.
O significado de cada ponto é uma ciência que deve ser aprendida dentro dos nossos terreiros, diretamente com nosso Zelador e não em livros e copiando pontos de entidades pela net. Isso não tem fundamento algum, pois cada entidade mesmo de mesma falange tem um ponto único, então não adianta querer decorar o ponto do Caboclo Ventania que circula em livros e na net. O "seu" caboclo Ventania não tem o mesmo ponto do livro, e isso pode influenciar a manifestação e o risco da própria entidade, caso o médium dentro de seu nervosismo, e ansiedade dela riscar o ponto, sobreponha-se a entidade e risque algo que decorou acham que é tudo igual.
Ana Araújo - Texto pertence ao acervo do Terreiro de Umbanda Vovó Catarina e está protegido seus direitos autorais.
Ana Araujo é Zeladora no Terreiro de Umbanda Vovó Catarina em Mesquita, RJ.
É dona da página Mediunidade na Umbanda.
É dona da página Mediunidade na Umbanda.
5/10/2014
Depoimento...
DEPOIMENTO DE JONAS APÓS SUA DESENCARNAÇÃO
“Vou pedir para ter em terra idade, bronquite, isto me manterá afastado do fumo.
Fumei muito na encarnação passada, fui escravo do vício, arruinei minha saúde. Desencarnei e fiquei desesperado para fumar. Fui socorrido, logo após meu desencarne fui a um posto de socorro, não quis ficar lá e passei a vampirizar para ter a sensação de que fumava. Como fui infeliz, era um trapo humano, sofri nas mãos de espíritos maus, vaguei sem sossego, sofri dores e humilhações! Um dia, cansado, orei muito e senti necessidade de abandonar de vez o fumo, fortaleci-me nas orações e consegui.”
(Do livro: Reconciliação)
TEMOS DUAS OBSERVAÇÕES A FAZER: 1ª) Quem fuma comete SUICÍDIO. Aquilo que causamos, de bom ou de mal, a nós, ao próximo ou a qualquer fruto da criação divina, sentiremos o efeito, nesta ou em outra encarnação. Por exemplo: o usuário de cigarro lesa vários órgãos do corpo físico, um deles é o pulmão. Este órgão, então, se foi o mais lesado, poderá desencadear problemas pulmonares. Se isto não ocorrer nesta encarnação, numa próxima, poderá vir sensível a doenças como: câncer, asma, bronquite, etc. Os que não abusam da saúde e tem várias doenças estão, provavelmente, colhendo o que plantaram. E os que abusam da saúde e passam pela vida saudáveis, estão plantando. Se assim não fosse, Deus seria injusto. Por exemplo: Como pode uma criança nascer precisando de transplante de fígado e, um adulto usuário de bebidas alcoólicas ser saudável? Como costumamos dizer, um está colhendo (porque a criança é um Espírito velho em corpo novo), e o outro está plantando (o adulto). Como nos foi avisado: "O plantio é livre mas a colheita é obrigatória".
2ª) Outro fator que precisa ser esclarecido para o fumante inveterado: ele raramente fuma um cigarro sozinho. Segundo André Luiz: "Há espíritos que, devido a falta de conhecimento do mundo espiritual, ficam por muito tempo ligados a prazeres e hábitos terrenos, como vícios, fome, sede, etc." Este fenômeno chama-se vampirismo.
Este assédio perdura até que a pessoa tome a decisão sincera de parar de fumar, o que não é fácil.
Além da desintoxicação do organismo, é necessária a desintoxicação psíquica.
Não é somente a pressão da nicotina e do alcatrão que precisam ser combatidas, mas igualmente a do desejo, do impulso, alimentado por induções espirituais dos seus companheiros de trago que o aconselharão a não parar.
ATENÇÃO: ESTE ALERTA SERVE PARA QUALQUER TIPO DE CIGARRO E VÍCIOS EM GERAL.
Compilação de Rudymara
“Vou pedir para ter em terra idade, bronquite, isto me manterá afastado do fumo.
Fumei muito na encarnação passada, fui escravo do vício, arruinei minha saúde. Desencarnei e fiquei desesperado para fumar. Fui socorrido, logo após meu desencarne fui a um posto de socorro, não quis ficar lá e passei a vampirizar para ter a sensação de que fumava. Como fui infeliz, era um trapo humano, sofri nas mãos de espíritos maus, vaguei sem sossego, sofri dores e humilhações! Um dia, cansado, orei muito e senti necessidade de abandonar de vez o fumo, fortaleci-me nas orações e consegui.”
(Do livro: Reconciliação)
TEMOS DUAS OBSERVAÇÕES A FAZER: 1ª) Quem fuma comete SUICÍDIO. Aquilo que causamos, de bom ou de mal, a nós, ao próximo ou a qualquer fruto da criação divina, sentiremos o efeito, nesta ou em outra encarnação. Por exemplo: o usuário de cigarro lesa vários órgãos do corpo físico, um deles é o pulmão. Este órgão, então, se foi o mais lesado, poderá desencadear problemas pulmonares. Se isto não ocorrer nesta encarnação, numa próxima, poderá vir sensível a doenças como: câncer, asma, bronquite, etc. Os que não abusam da saúde e tem várias doenças estão, provavelmente, colhendo o que plantaram. E os que abusam da saúde e passam pela vida saudáveis, estão plantando. Se assim não fosse, Deus seria injusto. Por exemplo: Como pode uma criança nascer precisando de transplante de fígado e, um adulto usuário de bebidas alcoólicas ser saudável? Como costumamos dizer, um está colhendo (porque a criança é um Espírito velho em corpo novo), e o outro está plantando (o adulto). Como nos foi avisado: "O plantio é livre mas a colheita é obrigatória".
2ª) Outro fator que precisa ser esclarecido para o fumante inveterado: ele raramente fuma um cigarro sozinho. Segundo André Luiz: "Há espíritos que, devido a falta de conhecimento do mundo espiritual, ficam por muito tempo ligados a prazeres e hábitos terrenos, como vícios, fome, sede, etc." Este fenômeno chama-se vampirismo.
Este assédio perdura até que a pessoa tome a decisão sincera de parar de fumar, o que não é fácil.
Além da desintoxicação do organismo, é necessária a desintoxicação psíquica.
Não é somente a pressão da nicotina e do alcatrão que precisam ser combatidas, mas igualmente a do desejo, do impulso, alimentado por induções espirituais dos seus companheiros de trago que o aconselharão a não parar.
ATENÇÃO: ESTE ALERTA SERVE PARA QUALQUER TIPO DE CIGARRO E VÍCIOS EM GERAL.
Compilação de Rudymara
5/05/2014
EXISTÊNCIA DE DEUS
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:
- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
- Como assim? - indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra.
- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
- Pela marca do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou:
- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
- Pelos rastros - respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para ir fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também. salve o grande chico xavier que sempre teve uma palavra do bem e respeito a quem estava a sua frente.
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